domingo, 28 de fevereiro de 2010




Pego num lápis (os lápis são ótimos pois escrevem em qualquer posição, mesmo em papel molhado, ninguém os rouba, e se caem num tanque boiam) e anoto no verso de um recibo: "Não tomar decisões é um ato muito importante". Guardo o papel junto a carteira de Identidade.

Imagem: b'slt
Autor: NADA

9 comentários:

  1. Deixar-se levar? Não. Deixar acontecer, viver calmamente, saber esperar...
    Ótimo texto, b'slt!

    ResponderExcluir
  2. Concordo, o texto é realmente ótimo... Me parece até mesmo uma atitude de resistência ao fazer esvaziado a que somos empurrados cotidianamente. De todo modo, o texto não é meu! Parabenizem ao NADA, é dele o texto. Desta vez eu cuidei da fotografia.

    ResponderExcluir
  3. Saber esperar é já não ter a espera como espera.

    ResponderExcluir
  4. Saber esperar é como se obrigar a isso, é uma espera-prisão, contida. Ademais, deixar acontecer... não sei bem... Já dizia Voltaire: "o homem argumenta, a natureza age". Em outras palavra nos dizia Dostoiévski que a natureza não nos pede licença, não tem nada a ver com nossos desejos... Deste modo, o que é "deixar"? Que tipo de poder temos sobre as coisas?

    ResponderExcluir
  5. Saber esperar nada tem a ver com obrigar ou prisão, muito menos "deixar acontecer". Está para um fazer-acontecer a espera. Ou seja: interromper. Aí sim, já não há espera - como um morrer, morre-se!

    ResponderExcluir
  6. ^~ Pensei na perspectiva do que espera e não do que se faz esperar. Mas na perspectiva por você apresentada me parece mesmo uma interrupção. Mas de que modo não há espera se a espera acontece? Confesso, não entendi. Enlight-me!

    ResponderExcluir
  7. A interrupção na espera seria como o “inesperado de toda esperança”

    ResponderExcluir